sábado, 15 de abril de 2017

Venezuelanos e cubanos são resgatados de trabalho análogo ao escravo em Roraima

Venezuelanos e cubanos são resgatados de trabalho análogo 
ao escravo em Roraima

Quatro venezuelanos e dois cubanos foram resgatados de uma empresa onde eram mantidos em condição análoga ao trabalho escravo, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, órgão responsável pela ação. A operação ocorreu no dia 31 de março, mas só foi divulgada nesta sexta-feira (7).
(ATUALIZAÇÃO: Inicialmente a Polícia Federal disse que quatro estrangeiros haviam sido resgatados. Entretanto, o Ministério do Trabalho e Emprego, órgão responsável pela ação, informou que seis estrangeiros foram resgatados. A reportagem foi atualizada às 19h15).
Um brasileiro de 62 anos foi preso pela Polícia Federal como suspeito de ser o responsável pelo crime. A ação foi realizada em parceria com auditores do MTE.
Conforme o MTE, os resgatados trabalhavam para uma empresa que presta serviços de coleta de entulhos e de locação de estruturas metálicas de tendas para eventos.
A tarefa deles era carregar, de acordo com a fiscalização, descarregar, montar e desmontar as estruturas fornecidas aos eventos em Boa Vista e também em outras cidades do estado.
Para dar conta da demanda, eles eram submetidos a frequentes jornadas além do limite legal de 8 horas por dia, inclusive em domingos e feriados.
"Como não tinham documentos, não passaram por exames médicos nem tiveram a carteira de trabalho assinada. E a remuneração era inferior ao salário mínimo – entre R$ 400 e R$ 500 por mês", informou o MTE.
Quatro desses trabalhadores viviam no alojamento da empresa, que funcionava em um galpão de um único cômodo. Os outros dois trabalhadores alugavam uma casa junto com outros estrangeiros.
O auditor fiscal Luiz Henrique Ribeiro Roma, que coordenou a operação de resgate, contou que os trabalhadores relataram constantes humilhações por parte do empregador.
“Quando eles reclamavam de algo, o empregador dizia que ele estava ajudando os trabalhadores, que aquilo era um favor que ele fazia, pois no país de origem eles estariam morrendo de fome”, disse.
Além de ter sido preso, o empregador foi notificado a registrar os contratos de trabalho e, em seguida, rescindi-los, com o respectivo pagamento de todos os salários retroativamente e das verbas rescisórias. As multas e indenizações do empregador somaram R$ 113 mil.
De acordo com o MTE, os trabalhadores resgatados, após terem feito toda a documentação de regularização, também terão acesso ao programa de Seguro Desemprego para Trabalhador Resgatado.

MPRR recomenda exoneração de parentes nomeados por Suely Campos

MPRR recomenda exoneração de parentes nomeados por Suely Campos

A governadora Suely Campos inicia sua administração de forma polêmica nomeando 15 parentes
O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) expediu na tarde desta quarta-feira (07), notificação recomendatória à governadora do Estado de Roraima, Suely Campos para que efetue imediatamente, sob pena de adoção de medidas judiciais, a exoneração de parentes nomeados para comporem secretarias do governo do Estado.
Conforme a recomendação, Suely Campos nomeou 15 parentes para comporem secretarias de Estado, entre eles, as filhas Danielle Araújo, chefe da Casa Civil e Emília Campos, Secretaria Estadual de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e a irmã Selma Mulinari, para a Secretaria de Estado da Educação.
Para o MPRR, além de ofender os preceitos constitucionais de moralidade, razoabilidade e eficiência, as nomeações dos agentes políticos ’’atendem a uma identidade familiar, bem como gera na sociedade um sentimento de indignidade moral’’.
A Súmula Vinculante nº 13, editada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) veda o nepotismo nos três poderes, essencialmente para cargos de direção, chefia ou assessoramento, em exercício de comissão ou de confiança na Administração Pública direta e indireta.
Porém, conforme a recomendação assinada pelos promotores de justiça do Patrimônio Público, restou declarado pelos próprios ministros do STF que, em que pese a necessária distinção dos cargos de natureza administrativa dos de política, esses últimos não estão imunes à aplicação dos princípios constitucionais da moralidade e eficiência.
Ainda segundo o Ministério Publico, os Ministros já acentuaram em julgamento, que a nomeação de agentes políticos deve atender ao mínimo razoável. “Ou seja, não se pode admitir que o Poder Executivo resolva nomear número exorbitante de familiares para o exercício de cargo de execução política”, ressalta o documento.

Confira a lista de parentes nomeados por Suely Campos (PP)

Casa Civil
  • Danielle Araújo
  • Filha de Suely Campos
Setrabes
  • Emília Campos/ Adjunta Lissandra Lima Campos
  • Filha de Suely/ nora de Suely, casada com Guilherme Campos, filho de Suely
Sesau
  • Kalil Linhares/ Adjunto Paulo Linhares
  • Sobrinhos de Neudo Campos, marido de Suely
Sejuc
  • Josué Filho
  • Sogro da Emília Campos, filha da Suely. Pai do ouvidor Hugo Leonardo e marido da secretária adjunta da Seed
Seed
  • Selma Mulinari/ Adjunta Graciela Cristina Ziebert
  • Irmã de Suely/ Esposa do Josué Filho, sogro da Emília, filha da Suely
Seinf
  • Adjunto Anderson Campos
  • Sobrinho de Neudo Campos, marido da governadora
Controladoria Geral
  • Isabela Dias
  • Concunhada de Emília Campos, filha de Suely. Também é esposa do Ouvidor Geral, Hugo Leonardo
Ouvidoria do Estado
  • Hugo Leonardo Santos
  • Cunhado da Emília Campos, filha da governadora e filho do secretário da Sejuc
Univirr
  • Júlia Vieira Campos
  • Sobrinha de Neudo Campos, marido de Suely
Iteraima
  • Francisco Santiago
  • Esposo de uma prima da governadora
Detran
  • Jucelino Kubischek Pereira
  • Seu avô é irmão do avô de Suely Campos
Segad
  • Frederico Linhares
  • Sobrinho de Neudo Campos, marido da Suely
Aferr
  • Weberson Reis Pessoa
  • Sua irmã é casada com o sobrinho da Suely, Gabriel Mota
Agricultura
  • Hipérion de Oliveira/ Adjunto João Paulo de Souza e Silva
  • Primo de Suely/ irmão da governadora
Secult
  • Adjunto José Alcione Almeida Júnior
  • Casado com a Lizmena Rizek Araújo, irmã do Oziel Araújo, marido da Daniele Campos, filha da Suely

Governadora Suely Campos do PP de Roraima

Governadora Suely Campos do PP de Roraima

Maria Suely Silva Campos (Boa Vista, 14 de maio de 1953) é uma empresária e política brasileira. É a atual governadora do estado de Roraima.
Graduada em Letras pela Universidade Federal de Roraima, é casada com o político e ex-governador Neudo Campos e mãe de quatro filhos.
Elegeu-se deputada federal na eleições de Roraima em 2002 então pelo PFL. Em 2008 já pelo Partido Progressista, elegeu-se vice-prefeita de Boa Vista na chapa encabeçada por Iradilson Sampaio.

Governadora de Roraima:

Substituiu o marido e candidato Neudo Campos na disputa pelo cargo de governador do Estado de Roraima nas eleições estaduais em 2014. Obteve a primeira colocação no primeiro turno e venceu o pleito no segundo turno contra o governador em exercício Chico Rodrigues.
Na primeira semana no exercício do cargo nomeou dezenove parentes, entre eles suas próprias filhas e irmã, a diversos cargos na estrutura do estado.
Em meados de setembro de 2015, foi instaurada uma Comissão Parlamentar Especial na Assembleia Legislativa para analisar um possível afastamento da governadora, baseada em uma representação por crime de responsabilidade do Ministério Público de Contas (MPC). Entre as denúncias, estão a de que a nomeação de Neudo Campos ao cargo de consultor especial é inconstitucional e configuraria crime de responsabilidade. Em resposta, o governou afirmou: "O Governo reitera que não foi criado nenhum cargo público através de Decreto e que o ex-governador Neudo Campos assinou Termo de Adesão para atividade de Consultor Especial, sem remuneração e sem vínculo empregatício com o Estado, seguindo os dispositivos da Lei Nacional 9.608/1998. Neudo não recebeu diárias e não fez nenhum pedido de ressarcimento pelas despesas em viagens de interesse do Estado."

‘CLT onera relações de trabalho’, diz o Deputado Hiran Gonçalves do PMN

‘CLT onera relações de trabalho’, diz o Deputado Hiran Gonçalves do PMN

Hiran Gonçalves entende que as relações de trabalho precisam ser modernizadas no Brasil. Ele diz que a aprovação do PL 4302/98 vai gerar empregos no País.
A bancada federal de Roraima em Brasília votou em peso favorável ao projeto de lei (PL 4302/98) que permite a ampliação da terceirização de mão de obra no País. Aqui em Roraima, as chamadas empresas terceirizadas têm um histórico de atrasar o salário dos servidores em até quatro ou cinco meses e de demitir sem respeitar o direito dos trabalhadores. Por isso, o voto favorável dos parlamentares ao projeto teve repercussão negativa nas redes sociais.
Até o final de 2016, servidoras da área de serviços gerais de uma escola estadual da capital estavam com quatro meses de salários atrasados, pois a empresa que as contratou não lhes pagava. Também no ano passado, terceirizados fizeram paralisação das atividades em Pacaraima, cobrando o pagamento de salário. Mesmo assim, a bancada federal deu aval para a ampliação dessa modalidade de contração precária.
Consultado pelo BNC Roraima, o deputado federal Hiran Gonçalves (PP) disse ter votado a favor da ampliação da terceirização “com a convicção de que está fazendo o bem para o país”. Ele entende que as relações de trabalho precisam ser modernizadas no Brasil e que a aprovação do projeto vai gerar mais empregos. Hiran chama de pontuais esses casos de “empresas que têm uma relação pouco republicana” e atrasam o salário dos seus servidores.
“Nós ainda temos essas distorções e abusos das empresas que recebem ou não recebem aquilo que foi pactuado com a instituição contratante e não repassam o salário dos trabalhadores. Mas acredito que esse é um processo de aperfeiçoamento”, minimizou o parlamentar, acrescentando que, nesses casos, o Ministério Público deve ser acionado.
Hiran Gonçalves disse que o projeto de lei (PL 4302/98) é apenas o primeiro passo para a flexibilização das relações de trabalho no País, com a qual ele diz estar plenamente de acordo. Tramita na Casa uma PEC que pretender aprofundar esse processo. “Os grandes países do mundo não têm tribunais do trabalho nem esse engessamento das relações trabalhistas que temos aqui. A CLT onera muito essas relações para as empresas”, afirmou.
O BNC Roraima procurou também os deputados Abel Mesquita (PDT), Remídio Monai (PR) e Jhonatan de Jesus (PRB) para que se pronunciassem sobre o assunto, mas até o fechamento desta matéria não recebeu retorno.

Reportagem e edição de Luiz Valério

Leia mais aqui > http://bit.ly/2nObpYI

A Deputada Shéridan Oliveira do PSDB

A Deputada Shéridan Oliveira do PSDB

Shéridan Esterfany Oliveira de Anchieta (Boa Vista, 11 de abril de 1984) é uma política e psicóloga brasileira. Shéridan foi esposa do ex-governador de Roraima José de Anchieta Júnior e atuou como Secretária da Promoção Humana e Desenvolvimento em seu governo. Em 2014, foi eleita deputada federal com a maior votação de seu Estado.

Biografia:
Vida pessoal

Shéridan nasceu em Boa Vista em 11 de abril de 1984. Formou-se em jornalismo no Recife, onde também trabalhou com produção e realização de eventos. Em 2010, concluiu nova graduação, desta vez em psicologia.
Foi casada com o ex-governador José de Anchieta Júnior. É mãe de duas filhas: Julia, fruto de seu primeiro relacionamento, e Lara, filha de Anchieta Júnior.
Recentemente ficou noiva do também deputado tucano Arthur Virgílio Bisneto (AM).

Carreira política

Em 2005, foi assessora chefe de comunicação da Câmara Municipal de Boa Vista em 2005. No ano seguinte, atuou na Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado de Roraima.
Durante o mandato de seu marido como governador de Roraima, Shéridan foi secretária de Estado da Promoção Humana e Desenvolvimento.
Em 2014, candidatou-se a deputada federal pelo PSDB de Roraima, tendo sido eleita com 35 555 votos, a maior votação proporcional do país. Na Câmara Federal, foi a vice-líder do PSDB entre março de 2015 e abril de 2016 e foi a primeira mulher a votar favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff.
Em 2016 foi relatora de uma projeto de lei (PL 4508/16) que autoriza a pastagem de animais em área de reserva legal. A reserva legal são áreas de proteção da vegetação nativa criadas no contexto do Código Florestal de 1934 e inserida com modificações nos Códigos Florestais de 1965 e 2012. De acordo com a lei atual a reserva legal tem o papel de "auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa". Porém o novo PL editado pela deputada compromete a função ambiental da reserva legal além de possibilitar que os produtores evitem restaurar áreas desmatadas ilegalmente.

Processos judiciais:

Tornou-se alvo de inquérito por crimes eleitorais, após denúncia de que teria oferecido vantagens, formulando propostas de pagamento de multas de trânsito e incluindo eleitores em programas sociais do governo, em troca de votos para reeleger José de Anchieta Júnior em 2010.
Em 2014, o Ministério Público de Roraima ajuizou uma ação civil pública de improbidade administrativa por titulação irregular de terras públicas em beneficio próprio.

terça-feira, 11 de abril de 2017

A desmoralização dos pitbulls da grande mídia

Alberto Cantalice 
Foto: Arquivo PT


Três vezes derrotados nos pleitos presidenciais, por Lula e Dilma e o PT, os setores elitistas albergados na grande mídia, ao se verem na iminência do quarto revés eleitoral, foram ao desespero.
Diuturnamente lançam vitupérios, achincalhes e deboches contra os avanços do país visando desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior. Inimigos que são das políticas sociais, políticas essas que visam efetivamente uma maior integração entre todos os brasileiros, pregam seu fim.
“A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil”.
Profetas do apocalipse político, eles são contra as cotas sociais e raciais; as reservas de vagas para negros nos serviços públicos; as demarcações de terras indígenas; o Bolsa Família, o Prouni e tudo o mais.
Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas, agora, contra o decreto da Presidência da República que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos, para melhor direcionamento das políticas públicas.
Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.
Os arautos do caos, prevendo e militando insistentemente pelo fracasso do mundial – tendo, inclusive, como ponta de lança a revista Veja previsto que os estádios só ficariam prontos depois de 2022, assistem hoje desolados e bufando à extraordinária mobilização popular e ao entusiasmo do povo brasileiro pela realização da denominada, acertadamente, de a Copa das Copas.
O subproduto dos pitbulls do conservadorismo teve seu ápice nos xingamentos torpes e vergonhosos à presidenta Dilma na abertura da Copa, na Arena Corinthians. Verdadeiro gol contra, o repúdio imediato de amplas parcelas dos brasileiros e brasileiras ao deprimente espetáculo dos vips demonstra que a imensa maioria da população abomina essa prática.
Desnudam-se os propagadores do ódio. A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil!


Alberto Cantalice é vice-presidente nacional do PT e coordenador das Redes Sociais do partido

quarta-feira, 8 de março de 2017

O Senador Romero Jucá (PMDB) de Roraima

O Senador Romero Jucá (PMDB) de Roraima

  • Romero Jucá Filho ou simplesmente Romero Jucá (Recife, 30 de novembro de 1954) é um economista e político brasileiro. Está em seu terceiro mandato como senador. Foi Ministro do Planejamento do Brasil, pedindo exoneração após a divulgação de uma gravação com Sérgio Machado, da Transpetro, publicada pela Folha de S.Paulo, em que Jucá sugere um "pacto" para barrar a Lava Jato.
Iniciou sua carreira política em Pernambuco, e em 1988 transferiu-se para Roraima como último governador do então território federal, tornando-se meses depois o primeiro governador do recém-criado estado, onde está radicado até a atualidade. Também foi Ministro da Previdência Social no Governo Lula.
  • Foi casado com Maria Teresa Surita, atual prefeita de Boa Vista e irmã do apresentador de televisão Emílio Surita. Ele é dono do maior grupo de comunicação do estado de Roraima sendo duas emissoras de televisão na capital Boa Vista afiliadas da Rede Record, TV Imperial, e afiliadas da Rede Bandeirantes além de um jornal impresso e duas estações de rádio. Em 2015 se casou com a economista Rosilene Brito.
Biografia:
  • Romero Jucá Filho nasceu no Recife, capital de Pernambuco, no dia 30 de novembro de 1954, filho de Romero Regueira Jucá Rego Lima e de Helga Ferraz Jucá Rego Lima. Estudou economia na Universidade Católica de Pernambuco e fez pós-graduação em engenharia econômica.
Cursou o primário no Grupo Escolar João Barbalho e o secundário no Colégio Marista, ambos na capital pernambucana.

Vida pública
  • Em 1973 ingressou no curso de economia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), trabalhou como permutador de serviços burocráticos na Secretaria da Fazenda e como gerente da Companhia de Navegação Nordeste (Conave).
Em 1974, participou do treinamento para formação de monitores na Escola de Administração Fazendária da Receita Federal e foi diretor administrativo do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães.
  • Em 1975 estagiou no Conselho de Desenvolvimento de Pernambuco (Condepe). Desse ano a 1979, no governo Moura Cavalcanti, foi diretor do Departamento de Serviços Gerais da Secretaria de Educação de Pernambuco.
Formou-se em economia em 1976, representou a Secretaria de Educação na Comissão Coordenadora da Administração Patrimonial de Pernambuco até 1977, ano em que fez o curso de pós-graduação em Engenharia agronômica na Unicap.
  • Em 1984, foi nomeado secretário extraordinário de Coordenação da Prefeitura do Recife. Trabalhou ainda como professor universitário, gerente e diretor de órgãos públicos e privados. Após essa experiência, presidiu a Fundação Projeto Rondon em 1985 e, no mesmo ano, foi secretário executivo da Comissão Interministerial de Educação e Desenvolvimento Regional.
De maio de 1986 a setembro de 1988, presidiu a Fundação Nacional do Índio (Funai), apontado por Marco Maciel, no governo de João Figueiredo. Em 1988, foi nomeado pelo então presidente da república José Sarney e aprovado pelo Senado, governador do Território Federal de Roraima.
  • Candidato derrotado em 1990 ao governo do recém-criado Estado de Roraima, elegeu a esposa, Maria Teresa Surita Jucá, para a Prefeitura de Boa Vista em 1992. Naquele ano, Romero foi diretor de Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento e Secretário Nacional de Habitação do Governo Federal
Em 1992, diretor de Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e secretário nacional de Habitação do Governo Federal. Em 1994, foi eleito senador pelo PPR. Ocupou a vice-liderança do governo do então presidente Fernando Henrique.
  • Entre março e julho de 2005, foi ministro da Previdência Social, mas, por conduta suspeita de corrupção, com empréstimos bancários irregulares, foi exonerado poucos dias depois.
Em 23 de março de 2005, John Danilovich, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, escreveu um telegrama com pequeno perfil de Romero Jucá, que assumia o Ministério da Previdência Social. John Danilovich informou aos Estados Unidos que o Romero Jucá desviou verba de um fundo de assistência social de Roraima, retirou recursos públicos destinados a projetos de construção civil no mesmo estado e permitiu o desmatamento em terras indígenas quando foi presidente da FUNAI.
  • Em 2006, Romero foi escolhido líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cargo que também ocupou na gestão da presidente Dilma Rousseff, sendo substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB do Amazonas) em 13 de março de 2012 após a pessoa indicada pela presidente para o comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres ter seu nome rejeitado em plenário.
Nas eleições de 2010, foi o candidato mais votado no Estado de Roraima para o Senado Federal
Nas eleições de 2014, três dias depois da votação no primeiro turno, desacatou uma juíza eleitoral no município de Mucajaí, quando a magistrada cumpria determinação de retirar as placas com propagandas de candidatos que estavam a menos de 200 metros dos locais de votação.
  • Em 2016, foi Ministro do Planejamento no governo interino de Michel Temer, e deixou o cargo após vazamento de áudios de uma conversa com ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, onde Jucá diz que “tem que ter impeachment” e fala da necessidade de “um pacto” em relação à Operação Lava Jato. Jucá negou as acusações de irregularidades e anunciou que se licenciaria do ministério para reassumir o mandato de senador para, segundo ele, evitar que "qualquer manipulação mal intencionada possa comprometer o governo". No dia seguinte à divulgação da conversa, foi publicada a sua exoneração.
Processos e corrupção:
FUNAI
  • Nos cinco primeiros meses de sua gestão, o quadro de funcionários do órgão subiu de 3 300 para 4 200: somente em Recife, sua terra natal, o escritório chegou a ter 400 funcionários, chegando a sofrer intervenções do Tribunal de Contas da União devido a irregularidades financeiras no órgão. Mesmo após deixar o cargo, continuou alvo de um processo no Superior Tribunal de Justiça, por ter autorizado ilegalmente a extração de madeira em área indígena.
Enquanto presidente da FUNAI, Jucá foi quem mais demarcou territórios indígenas ianomâmis, frequentemente reduzindo seus tamanhos. Jucá reduziu o tamanho do Parque Yanomami para quase 75% dos 9,4 milhões de hectares que já haviam sido aprovados pela própria FUNAI em 1985. Foi ainda durante sua presidência que todos os missionários e pessoal médico foram expulsos da área em 1987. O projeto propunha reduzir a área do parque em 2,4 milhões de hectares e dividi-lo em 19 áreas isoladas, baseadas em grupos de comunidades Yanomami. O restante da área se tornaria "parques nacionais" - abertos para extração de madeira e mineração. O plano foi denunciado como "genocídio" pelo bispo italiano dom Aldo Mongiano, o então bispo de Roraima.
  • Em 28 de setembro de 1987, como presidente da Funai, assinou, com a Cometa, um contrato de alienação de 9 322 metros cúbicos de madeira em toras de cerejeira, ipê, mogno, angelim e cedro.
De acordo com o relatório da Comissão Nacional da Verdade, Romero Jucá é o responsável pelo genocídio de índios ianomâmis em consequência das epidemias levadas pelos garimpeiros, que entraram em terras indígenas com autorização de Romero Jucá, na época, presidente da FUNAI.
Recentemente o senador apresentou projetos de lei flexibilizando o licenciamento ambiental e abrindo as terras indígenas à exploração econômica.
Operação Lava JatoRomero Jucá teve seu nome envolvido no esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, nos depoimentos de colaboração com a justiça do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa. Jucá ainda foi citado em recebimento de propina em obras de Angra 3, também investigado pela força-tarefa da Lava Jato.
Em 6 de março de 2015, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, autorizou a abertura de investigação contra o senador, tirando o sigilo do pedido de abertura de inquérito.
Em 23 de maio de 2016, o jornal Folha de S.Paulo, divulgou a gravação de uma conversa entre Jucá e Sérgio Machado, da Transpetro. Em diálogos gravados em março passado, Romero Jucá sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.No mesmo dia Jucá se licenciou do cargo, e o ministro do Planejamento interino seria seu vice, Dyogo Oliveira, também investigado por corrupção, pela Operação Zelotes. No dia seguinte, foi exonerado.
Em 7 de junho de 2016, o Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, pediu a prisão de Romero Jucá, de Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney. De acordo com o PGR, eles tentaram mudar a decisão do Supremo que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância e que planejaram mudar a lei, para permitir delação premiada apenas para pessoas em liberdade, e não para presos investigados e também pressionaram para que acordos de leniência das empresas pudessem esvaziar as investigações.
Em 5 de setembro de 2016, a Polícia Federal apontou indícios de que o PMDB e os senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA) e Valdir Raupp (RO) receberam propina das empresas que construíram a usina de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais, segundo relatório que integra inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal. Um dos indícios é o volume de contribuições que o partido recebeu das empresas que integram o consórcio que construiu a hidrelétrica: foram R$ 159,2 milhões nas eleições de 2010, 2012 e 2014. O relatório da PF ainda junta a versão com informações de outro delator, o ex-senador Delcídio do Amaral, de que senadores peemedebistas comandavam esquemas de desvios de empresas do setor elétrico. A conclusão do documento foi de que todos os quatro receberam as maiores contribuições de suas campanhas não de empresas, mas do PMDB.
Em dezembro de 2016, Jucá foi delatado pelo ex-funcionário da Construtora Odebrecht, Claudio Melo Filho, de ter recebido R$ 22 milhões de reais em propina para defender interesses do grupo Odebrecht. Segundo o delator, dos 22 milhões, 20 teriam ficado para Jucá e Renan Calheiros. Ainda segundo o delator, Jucá e Renan agiam para aprovar Medidas provisórias em favor da empreiteira.
Operação ZelotesEm final de abril de 2016, a relatora da Operação Zelotes, ministra Cármen Lúcia do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inquérito para apurar suposto envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, com a venda de emendas a medidas provisórias relacionadas ao setor automotivo editadas pelo governo federal. Renan e Jucá já são investigados em outros inquéritos da Operação Lava Jato por envolvimento com fraudes na Petrobras.
Em 23 de novembro de 2016, o STF autorizou a abertura de um inquérito na Zelotes, que apura fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o tribunal de recursos da Receita Federal. Jucá será investigado por corrupção passiva e prevaricação.